Imagine o almoço do dia. Os protagonistas da mesa são o feijão, o arroz, o bife e as batatinhas fritas. Ao invés de conferir o refrigerante tradicional de 2l como acompanhante ou, ainda, aquela cerveja, já passou pela sua cabeça a possibilidade dar a harmonização aos pratos com um bom vinho?
Pode ser que pareça um tanto inusitado, mas a combinação é uma excelente alternativa para a gastronomia. Algumas dicas de Gilson Rosa, um sommelier, podem ajudar você a combinar os vinhos com as suas refeições diárias!
Principais dicas de harmonização de vinhos com pratos populares
Com o intuito de se despedir do “sangue de boi” – denominação do vinho barato e simples, produzido a partir de uvas inaptas para a bebida – sem que pese muito no seu bolso, houve a separação das alternativas de até R$40 que estão disponíveis nos mercados.
Lambrusco e pão com linguiça
Essa combinação pode ser usada como um aperitivo, mas também como lanches. O ideal, portanto, é dar atenção a determinados pontos, conforme os especialistas. Para fazer a combinação com o vinho, o fundamental é fazer uso da linguiça caseira com temperos e cebola roxa, que apresenta um gosto mais doce e dá a garantia de que tudo esteja em harmonia.
De acordo com o sommelier, lambrusco, considerado uma categoria de vinho para muitos, é, de fato, um frisante italiano, excelente para aqueles que querem dar início ao estudo de vinhos, pensando no valor acessível e no saber que é doce – natural da fruta e sem açúcar.
O profissional também explica que o pão, dessa forma, faz parte da situação como elemento que limpa o paladar. Já a cebola roxa consegue tornar o salgado da linguiça mais ameno.
Chardonnay com macarrão e molho branco
Conforme as informações do sommelier, aquele molho denominado béchamel, francês, é uma das conquistas também da mesa dos brasileiros com outro nome: molho branco. Ele consegue gerar essa harmonização aos pratos em companhia do vinho chardonnay, que complementa os sabores.
Contudo, quem é fã de bebida doce pode demorar para se acostumar. Isto porque apresenta um sabor diferenciado, que não costuma agradar os paladares mais simples. Segundo o sommelier, o chardonnay do Brasil apresenta-se mais ácido de frutas brancas, com abacaxi, maçã verde e pêra. Para dar a harmonização com o macarrão, um conhecido pesado da mesa nacional, não é possível que o sabor fique de lado frente a muito queijo.
Para que haja acertos no cardápio, além do uso do queijo parmesão, usa-se uma pequena quantidade de noz moscada para a finalização dos pratos. É um detalhe que, como diz o sommelier, faz a diferença na refeição.
O básico arroz e feijão com um vinho
Essa mistura é incrivelmente cheia de sucesso para os paladares brasileiros. O melhor é que a combinação é passível de dar muito certo com um vinho! O profissional explica que, neste caso, a bebida deve ser feita com uva carmenere.
Isto porque o carmenere apresenta um aroma de frutas vermelhas, bem como uma cor que se destaca. Para realizar essa combinação com o prato, há a necessidade de cuidar os temperos. O tempero é necessário, mas cuidado com o alho. Este é um inimigo da harmonia entre o prato devido a dominação sobre demais sabores.
Outras opções
Além disso, o profissional também revela que há a possibilidade de criar diversas outras combinações. Se você adora massas, fique livre para ousar: lasanhas, pizzas e etc, combinam muito com aquele vinho preferido. Até um frango frito pode ajudar na harmonização com os vinhos!
O molho à bolonhesa é sempre um destaque para as massas que pretendem gerar harmonização com vinhos. O ideal, de acordo com o sommelier, é ter em mente que o toque salgado nas receitas é imprescindível.
O vinho que dá o sucesso para diversas criações é aquele feito a partir da uva primitiva italiana, bem como a zinfandel. Com frangos, a dica é complementar com o sauvignon blanc que gera o gosto ácido. Isto porque ele corta a gordura e gera o toque de dulçor para dar um contraste em relação ao salgado das receitas.
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O famoso “pulo do gato” para harmonizar os pratos
O profissional ensina, também, que ter o conhecimento do básico desse universo pode ser o famoso “pulo do gato” no momento de combinar os pratos populares.
A partir disso, você é capaz de aprender diversas coisas como o vocábulo “reservado”, que é somente uma terminologia de marketing dos rótulos para a venda do produto e não consegue gerar sofisticação aos vinhos.
Outra questão é: a compra será feita em mercados? De acordo com o sommelier, anote que a bebida não gosta de iluminação, barulho e calor. Esses fatores podem alterar completamente suas características. Dê preferência à garrafa que fica na parte mais traseira das prateleiras.